O prefeito do município de Baturité, João Bosco Pinto Saraiva (Pros), conhecido como “Bosco Cigano”, teve seu mandato cassado após sessão extraordinária realizada pela Câmara Municipal na noite desta segunda-feira (28). Dos 13 vereadores da cidade, 11 votaram a favor e 2 contra a cassação.
Com a decisão dos vereadores, João Bosco deve ter o mandato extinto e a vice-prefeita Cristiane Braga (PT)
deve assumir a prefeitura de Baturité. Segundo a ata da Câmara
Municipal, os parlamentares concordaram, ao votar, que o então prefeito
cometeu infração política e administrativa.
Segundo
o vereador Nilton Guedes Filho (Niltinho), presidente da comissão que
levou ao afastamento do prefeito, a decisão da câmara se deu pelo gasto
de cerca de R$ 2,2 milhões obtidos do governo federal para a construção
de 8 salas de aula numa escola do município, obra que nunca foi
realizada, segundo Niltinho.
Ainda
de acordo com o vereador, o prefeito afastado culpava a própria equipe
pelas falhas administrativas. "Ele tinha uma tese absurda e culpava todo
o secretariado. Ele culpou até o cunhado, que é o secretário de
finanças, para pagar a obra que não existiu", disse.
“Bosco
Cigano” já havia sido afastado do mandato em outras ocasiões. No ano
passado, aJustiça Estadual determinou que o gestor se afastasse da
prefeitura por 180 dias. Dentre as suspeitas na ocasião, estavam
irregularidades na licitação feita para contratação de empresa para
realizar a coleta de lixo e supostas cobranças indevidas de taxas aos
feirantes da cidade.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com João Bosco.
DN
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