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quarta-feira, 2 de março de 2016

ITAPAJÉ: SESA JÁ REGISTROU NOVE CASOS DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR EM 2016

Neste ano, até o dia 1º de março, a Secretaria Municipal da Saúde já registrou nove casos de Leishmaniose Tegumentar Americana em Itapajé. De acordo com a coordenadora de epidemiologia da Sesa, Rimea Cruz, a doença, conhecida também como ‘Ferida Brava’ é endêmica no município, ou seja, se manifesta rotineiramente. Em Itapajé as áreas mais afetadas são as localidades serranas, como Soledade e Chapada, por exemplo. Ainda de acordo com Rimea Cruz, todos os pacientes diagnosticados com a doença estão em tratamento e recebem acompanhamento das equipes de saúde da família de suas localidades. Outra variante da doença é a Leishmaniose Visceral, também conhecida como ‘Calazar’, mas neste ano em nosso município não houve ainda registros desse tipo de zoonose em humanos.

A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença de evolução crônica que acomete, isoladamente ou em associação, a pele e as mucosas do nariz, boca, faringe e laringe. É causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos conhecidos genericamente por Flebotomíneos.  Os animais domésticos infectados pelas Leishmanias são considerados fonte de infecção. O mosquito ao picar um animal infectado fornece em seu intestino um ambiente para o desenvolvimento da Leishmania. Quando pica o homem ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no local da picada originando uma lesão cutânea que aumenta gradualmente, chegando a atingir 10 cm de diâmetro com as bordas bem elevadas, com uma base granulosa que sangra facilmente. Esse processo é considerado infecção primária.

O tratamento é realizado a base de drogas derivadas de antimonias pentavalentes injetadas diretamente no paciente.  A prevenção pode ser feita através da aplicação de inseticida nas paredes externas das casas e dependências de animais domésticos, utilização de repelentes e mosqueteiros. Além disso, as pessoas devem evitar áreas de mata fechada em áreas endêmicas da doença.
 
Mardem Lopes

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