Neste ano, até o dia 1º
de março, a Secretaria Municipal da Saúde já registrou nove casos de
Leishmaniose Tegumentar Americana em Itapajé. De acordo com a coordenadora de
epidemiologia da Sesa, Rimea Cruz, a doença, conhecida também como ‘Ferida
Brava’ é endêmica no município, ou seja, se manifesta rotineiramente. Em
Itapajé as áreas mais afetadas são as localidades serranas, como Soledade e
Chapada, por exemplo. Ainda de acordo com Rimea Cruz, todos os pacientes
diagnosticados com a doença estão em tratamento e recebem acompanhamento das
equipes de saúde da família de suas localidades. Outra variante da doença é a Leishmaniose
Visceral, também conhecida como ‘Calazar’, mas neste ano em nosso município não
houve ainda registros desse tipo de zoonose em humanos.
A Leishmaniose
Tegumentar Americana é uma doença de evolução crônica que acomete, isoladamente
ou em associação, a pele e as mucosas do nariz, boca, faringe e laringe. É
causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos
conhecidos genericamente por Flebotomíneos.
Os animais domésticos infectados pelas Leishmanias são considerados
fonte de infecção. O mosquito ao picar um animal infectado fornece em seu
intestino um ambiente para o desenvolvimento da Leishmania. Quando pica o homem
ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no local
da picada originando uma lesão cutânea que aumenta gradualmente, chegando a
atingir 10 cm de diâmetro com as bordas bem elevadas, com uma base granulosa
que sangra facilmente. Esse processo é considerado infecção primária.
O tratamento é
realizado a base de drogas derivadas de antimonias pentavalentes injetadas
diretamente no paciente. A prevenção
pode ser feita através da aplicação de inseticida nas paredes externas das
casas e dependências de animais domésticos, utilização de repelentes e
mosqueteiros. Além disso, as pessoas devem evitar áreas de mata fechada em
áreas endêmicas da doença.
Mardem Lopes
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