Ancara. Um
atentado com carro-bomba no Centro de Ancara, na Turquia, deixou mais
de 30 mortos e 75 feridos ontem. O governo inicialmente havia informado
que o número de mortos era 25. Depois, informou que outras pessoas
morreram a caminho do hospital.
O
barulho pôde ser ouvido a 2,5 km de distância e uma grande nuvem de
fumaça podia ser vista subindo ao longo do centro da cidade, disse uma
testemunha da "Reuters".
A
explosão aconteceu às 16h35 GMT (13h35 de Brasília) na Praça de
Kizilay, perto de uma delegacia e de um ponto de ônibus. Nenhum grupo
assumiu a autoria do ataque até a noite de ontem, afirmou uma fonte do
governo.
Essa explosão aconteceu um mês depois que outro carro-bomba matou 29 também em Ancara, a poucas quadras dali.
A
Turquia vive um estado de alerta permanente desde o último verão no
hemisfério norte, quando começou a enfrentar uma série de ataques que o
governo atribuiu ao grupo jihadista Estado Islâmico.
Além
disso, desde o ano passado, o país está imerso em um novo conflito
contra os curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK),
proibido na Turquia e que se rebelou há uma década contra o Estado
turco.
O
PKK possui uma facção dissidente que desde 1984 mantém uma insurreição
armada, o grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK).
As
autoridades suspeitam que o ataque tenha seja de responsabilidade dos
separatistas curdos. Em declarações, um responsável da polícia afirmou
que "este ataque parece ter sido realizado pelo PKK ou por uma
organização filiada". O presidente turco já disse acreditar que o
"atentado" foi executado por milícias curdas na Síria.
DN

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