Responsabilizada
por uma série de atendimentos que lotaram emergências pelo Interior, a
mosca também preocupa a população da Capital, principalmente, em espaços
onde são armazenados e comercializados os alimentos. No Mercado São
Sebastião, no Centro de Fortaleza, por exemplo, os comerciantes lutam
contra a permanência do inseto entre as mercadorias.
"Aqui,
a gente usa detergente, desinfetante e sabão para limpar as bancadas
todo dia quanto começamos e quando terminamos de trabalhar. O pessoal
pensa, muitas vezes, que só tem higiene nos supermercados, mas a gente
do mercado também deixa tudo limpo", garante Francisco Moura, atendente
da banca de carnes O Tonhão.
No
último domingo, enquanto o Dóia limpava a bancada de corte das peças,
Moura falou, ainda, da necessidade de usar e higienizar os equipamentos
de manuseio das carnes, assim como luvas de aço e tocas. O mesmo disse a
vendedora Beatriz Rodrigues, da banca Everton Polpas e frutas. O
esforço de quem trabalha com frutas, segundo conta, é não deixar as que
sejam cortadas, como a melancia, expostas.
Beatriz
disse também que é necessário estar sempre limpando com água e sabão o
freezer e as caixas de artigos como uvas, mangas e demais frutas de
fácil rompimento da casca. "As pessoas dizem que pendurar um saco com
água ou garrafa ajuda, mas eu não acredito nisso não", afirmou, ao
reforçar a ação de limpeza que executa.
Práticas caseiras
A
técnica da garrafa também foi mencionada pelo mototaxista Raimundo da
Silva, 53, como errada. Para ele, não há ação melhor que o mata-moscas.
"Todo ambiente, agora, é cheio delas (moscas). Nem sei se existe veneno
para matar e, por isso, uso o mata-moscas por ser a melhor maneira para
espantá-las", afirmou Raimundo.
Já
a comerciante Vânia Maria da Silva, 45, disse, após comprar alguns
quilos de carne, ontem, que prefere usar mais produtos químicos para
afastar as moscas de sua casa. "Eu uso muito querosene em cima das
mesas. Também coloco água sanitária, detergente e sempre fico alerta
para caso elas (as moscas) retornem, porque, nesta época do ano, elas
vêm com tudo para dentro de casa", disse, enquanto Josemar Sales, o
Novinho, preparava o pacote de carne que tinha acabado de cortar para
ela.
Ele
conta ainda que os clientes prestam atenção na higiene das bancadas e,
por isso, os proprietários de boxes do Mercado São Sebastião travam
lutas diárias contra as moscas, especialmente nesta época do ano.
"A virose da mosca"
Os
sintomas identificados na chamada virose da mosca, que vem ocasionando a
lotação de postos de saúde e de hospitais do Interior e também da
Capital, são vômito, febre, dor de cabeça, dores musculares e também
surtos de diarreia. O aumento dos casos de doentes tem relação com o
período de chuvas, uma vez que, com mais poços transbordando, há o
aumento da proliferação do inseto.
As
moscas pousam sobre locais infectados e disseminam o agente causador
dos sintomas em alimentos consumidos por humanos. O tratamento, segundo
afirmam médicos especialistas, é feito com hidratação oral e, se os
vômitos e a diarreia forem mais severos, é necessário reidratação
venosa.
Personagem
Uso de veneno foi a melhor alternativa
Na
busca por afastar a mosca dos ambientes de sua residência, o militar
Olamir da Costa Isquierda, 51, encontrou em num veneno para insetos a
melhor alternativa para se ver livre de qualquer mal causado pelo
inseto. "Geralmente, colocamos o pozinho do veneno em um canto da
cozinha. Elas (as moscas) são atraídas por ele, comem e morrem. Em
seguida, nós limpamos bem o local". Olamir da Costa Isquierda - militar
Diário do Nordeste
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